O pragmatismo e a apatia do Campinense se uniram à falta de entrosamento devido aos desfalques. Resultado? Derrota para um time compacto e inteligente
Postado em 07/04/2015 às 10:00
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(Foto: Reprodução/GloboEsporte.com) |
Com cerca de oito à nove desfalques, contando com Leandro Santos e Jefferson Recife, que passaram mal antes do jogo, Francisco Diá tentou armar sua equipe com o que tinha. A saída para o treinador foi abandonar o 4-3-1-2/4-2-2-2, e voltar a usar o 3-4-1-2 contra um ousado e inteligente Auto Esporte em um 4-3-3.
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Flagra das disposições táticas das duas equipes. |
A proposta parecia boa, já que o esquema foi base da equipe no inicio do ano. Entretanto, a falta de entrosamento pesou na execução do mesmo, e com isso, erros bobos de passe e posicionamento surgiram. A compactação do time se tornou lenta, proporcionando muitos espaços em suas entrelinhas para as jogadas em velocidade de Gil Bala.
Com esses erros, o Campinense sofreu o primeiro gol no jogo, e a partir daí as coisas desandaram. Neto logo depois foi expulso, após agredir fisicamente um jogador do Auto Esporte. Diá precisou mudar a cara da equipe, e com um a menos, lançou Jairo Santos na vaga do estreante Thiago Cabral. Dessa forma, Reginaldo foi deslocado para a ala esquerda, e o jovem Luquinha foi aproximado de Felipe Alves no ataque.
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Novo posicionamento de Luquinha, mais adiantado, ao lado de Felipe Alves. |
O pragmatismo da equipe prevaleceu, e junto a isso, o ímpeto do Auto Esporte, que ainda teve chances para marcar o seu segundo gol ainda no primeiro tempo.
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Disposição tática das duas equipes no primeiro tempo. |
Ainda querendo mostrar alguma coisa no jogo, Diá voltou para o segundo tempo com a equipe mais ofensiva, mesmo com a desvantagem numérica em campo. O treinador lançou Edy na vaga de Luquinha, e abriu mão do posicionamento com três zagueiros. Sua equipe se postava em uma espécie de 4-3-2.
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Flagra do 4-3-2 do Campinense. Leyrielton foi deslocado para lateral esquerda. |
Com a alteração, o Campinense mostrou um ímpeto maior, dentro das suas limitações em campo, e chegou a criar chances de empatar o jogo. Todavia, os erros defensivos continuavam e as chances do Auto Esporte se tornavam mais claras.
A equipe de Jason Vieira mostrou inteligência no segundo tempo, aproveitando o fato do Campinense jogar com menos um em campo. O time automobilista mudou seu esquema para o 4-2-3-1 e apostou em jogadas de profundidade pelos flancos do Campinense. O Auto, que logo marcara seu segundo gol, chegou a ter dois destes anulados ainda no segundo tempo da partida.
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Compactação no 4-2-3-1 da equipe do Auto Esporte. |
Mesmo com 2x0 contra no placar, Francisco Diá ainda lançou William na vaga de Leyrielton, e ainda tentou buscar mais alguma coisa no jogo. Sem sucesso.
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O Campinense ainda tentou partir pra cima do Auto. Reginaldo e Felipe Alves atacando como pontas, e defendendo com alas. Edy variava entre terceiro homem de meio e zagueiro. |
A derrota é preocupante, ainda mais pelo pouco futebol apresentado pela equipe. Entretanto, vale ressaltar que o Campinense estava extremamente desfalcado, e dispõe de um elenco limitado, como toda a torcida sabe.
Dessa forma, só vale torcer para que a diretoria não meça esforços para contratar peças pontuais que o time necessita.
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