Falha pontual na defesa, juntamente com pragmatismo e deficiência no ataque, fizeram o Campinense perder mais uma na Copa do Nordeste
Postado em 20/02/2015 às 18:28
(Foto: Reprodução/GazetaWeb.globo.com) |
Jogando no estádio Rei Pelé, em Maceió-AL, Francisco Diá retomou seu posto na área técnica do Campinense. Junto a ele, algumas mudanças: a volta de Jefferson Recife ao time titular, Edy retomando seu posto na lateral direita, e um novo esquema. O treinador raposeiro alterou o 3-1-4-2/3-4-1-2 no qual vinha jogando, e apostou em uma distribuição tática mais ofensiva: um 4-2-3-1 "torto".
Com Luiz Fernando na esquerda, alinhado à Negretti, mais recuado, pela direita, o time de Diá ainda tinha Sandrinho no centro para distribuição e articulação das jogadas. Alvinho se posicionava na extremidade direita, muitas vezes fazendo um facão em diagonal nas costas da defesa do time alagoano.
Distribuição tática do Brasil de Dunga, na Copa do Mundo de 2010. |
Com o novo desenho, o Campinense começou melhor na primeira etapa. Com compactação consciente, se fechando em um 4-3-2-1, a equipe aproveitava bem as escapadas de Alvinho pela direita e as boas variações entre Luiz Fernando e Jefferson Recife, na esquerda.
O lado direito do time de Diá era tão operante, que o técnico Ademir Fonseca, do CRB, foi obrigado à mexer em seu time ainda na primeira etapa. Pirão fazia uma cobertura ruim, sem conseguir acompanhar Alvinho, e também não contribuía no ataque. João Victor foi lançado na sua vaga.
Todavia, a substituição do técnico alagoano pareceu não surtir efeito. O Campinense continuava jogando com tranquilidade e inteligência, sabendo girar a bola pelos dois lados do campo.
O time rubro-negro conseguia construir algumas jogadas, mas Reginaldo Jr não conseguia aproveitar. O centroavante teve a chance mais clara de gol do jogo, quando saiu frente à frente com o goleiro Júlio César, e chutou a bola na trave.
Campinense no 4-2-3-1 "torto", foi superior na maior parte da etapa inicial. Mas foi castigado pela falha defensiva no final do primeiro tempo. |
Porém, qualquer tipo de reação rubro-negra, foi totalmente massacrada após a expulsão de Leandro Santos.
Já o CRB, quis impor algum tipo de superioridade, já que jogava em seus domínios. Ademir Fonseca apostou em velocidade para amplificar as infiltrações dos extremos. Lançou Dudu, na vaga de Lima, para fazer a função de falso nove.
O time alagoano ainda substituiu Fernando por Douglas Packer, para aumentar a qualidade de passe no meio campo. Sem sucesso.
O Campinense com um a menos teve que recuar Felipe Alves para o centro. O CRB manteve a mesma disposição tática, mas não chegou a assustar o time raposeiro. |
A derrota, pelo que foi o jogo, não se pode dizer que foi totalmente merecida. O Campinense teve seus inúmeros equívocos na partida, principalmente no setor ofensivo. Todavia, o gol que decretou o revés, veio de uma infelicidade do goleiro raposeiro, que sofrendo o tento de uma maneira tão confusa, mexeu, em partes, com o psicológico e a motivação do time.
A equipe mostra uma disposição tática de qualidade, mas precisa de contratações pontuais em alguns setores, para qualificar o elenco. Além de uma preparação física mais rigorosa, para evitar mais contusões do que o time já tem.
Copa do Nordeste, provavelmente, já pode ser descartada. O foco deve ser no estadual, para o Campinense conseguir calendário nesse ano tão importante, que é o do centenário.
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