Com um primeiro tempo fraco, Diá muda a disposição tática da equipe e consegue a vitória que encaminha classificação do Campinense
Postado em 14/03/2015 às 15:31
(Foto: Reprodução/Esporte Interativo) |
Após mais um resultado ruim no Estadual, seguido de dispensas no elenco, Francisco Diá precisava vencer o Globo-RN na Copa do Nordeste. Sem Michel e Rodrigão, titulares da equipe até o último jogo, mas que encabeçaram a lista de dispensa, o comandante cartola viu nas improvisações de Neto e Sandrinho o caminho para uma possível vitória.
O primeiro foi deslocado para a ala direita do esquema raposeiro. Já o segundo, foi recuado para volante da linha de quatro do 3-4-1-2 rubro negro, numa tentativa falha de melhorar a saída de bola.
No frame, o flagra do posicionamento do 3-4-1-2 do Campinense. Neto e Jefferson Recife alinhados com Sandrinho e Negretti na linha de quatro do meio campo. Luiz Fernando na criação. |
O jogo no primeiro tempo foi truncado, as duas equipes disputavam muito a bola no meio campo e não apresentavam nenhuma jogada de efeito. O Campinense tentava construir suas melhores chances pelo lado esquerdo, em algumas dobradinhas entre Jefferson Recife e Luiz Fernando, que flutuava no entrelinhas adversário com o intuito de confundir a marcação.
Sem boa articulação, o Campinense tropeçava na boa marcação exercida pelo Globo, que como citado na análise do confronto do primeiro turno, aqui na coluna, é uma equipe bastante variante.
Sem a bola, um 4-2-2-2 formando um quadrado no meio campo em 30 metros da última linha defensiva. Dessa forma, negando espaços ao adversário.
Flagra do 4-2-2-2 do Globo. Detalhe para a marcação individual e por setor executada pelos jogadores de meio campo. |
Entretanto, o diferencial da equipe de Leandro Sena é a transição rápida entre a defesa e o ataque. Com a bola, o time do Rio Grande do Norte põe em prática uma saída lavolpiana, muito conhecida no futebol espanhol. A jogada consiste em recuar um volante por dentro dos zagueiros, e liberar a saída dos laterais para o ataque. No caso do Globo, quem recuava para essa função era o volante Alex.
Flagra da saída lavolpiana do Globo. Forma-se a linha de 3 zagueiros e uma de quatro no centro do campo. |
Disposição táticas das duas equipes na primeira etapa. |
Flagra do 4-3-3 raposeiro nos minutos iniciais. Felipe Alves, mais centralizado, fazia função dupla entre o ataque e o meio campo para ajudar na distribuição do jogo entre os extremos. |
Todavia, a postura ofensiva do Campinense só se apresentou no papel. O time ainda levava alguns sustos na defesa, como um gol do Globo anulado pelo árbitro. A equipe de Ceará-mirim voltou com maior volume no meio campo, depois de abrir um 4-1-3-2 variante pro 3-3-1-3 em determinados momentos.
O Campinense só foi conseguir seu gol após uma bola cortada pela defesa, que sobrou no meio campo e foi enfiada para Alvinho, na direita, levar até a área e chutar no ângulo direito do goleiro Rafael.
Para o seguimento da partida, as duas equipes alteraram suas disposições táticas em busca do único resultado que interessava. A vitória. |
O resultado favorável veio com muita luta dos jogadores, e principalmente da qualidade individual de Alvinho. Mas não tira o fato de que o time ainda é muito limitado e tem uma extrema carência no meio campo, ainda mais nos quesitos articulação, distribuição de jogo e recomposição defensiva.
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